segunda-feira, 29 abril 2024
UMUARAMA/PR

Médico que revolucionou cirurgia cardíaca no Brasil assume departamento no Instituto Nossa Senhora Aparecida

Médico que revolucionou cirurgia cardíaca no Brasil assume departamento no Instituto Nossa Senhora Aparecida

Ele revolucionou a área criando técnicas e dispositivos que salvaram as vidas milhares de pessoas.

O renomado cirurgião cardíaco, Dr. Francisco Gregori Júnior é uma verdadeira lenda quando se fala em cardiologia no Brasil. Ele revolucionou a área criando técnicas e dispositivos que salvaram as vidas milhares de pessoas. O médico assume o departamento de Cirurgia Cardíaca do Instituto Nossa Senhora Aparecida, em Umuarama, na manhã desta segunda-feira (26), juntamente com sua equipe.

O médico desenvolveu cinco técnicas de cirurgia cardíaca inéditas no mundo e criou duas próteses de válvula do coração. Publicou seis dezenas de estudos em concorridas revistas científicas. E, pelas suas contas, operou mais de 26 mil corações. O Dr. Gregori também participou da formação de dezenas de cardiologistas, professor na Universidade de Londrina e chefe da disciplina de Cirurgia Cardíaca da Faculdade de Medicina do Centro Universitário INGÁ.

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Atualmente chefia o Serviço de Cirurgia Cardíaca do Norte do Paraná, atuando nos Hospitais Evangélico e Santa Casa de Londrina, onde são realizadas cerca de 150 cirurgias cardíacas por mês, o mesmo que o Incor em São Paulo.

“Quando recebi o convite para vir para Umuarama, reuni minha equipe e aceitamos prontamente. É um novo desafio e o nosso objetivo é colaborar para ampliar e melhorar ainda mais a cirurgia cardíaca no Instituto Nossa Senhora Aparecida”, disse o médico.
Além do Dr. Gregory, irão operar em Umuarama os cirurgiões cardíacos, Dr. Alexandre Murakami, Dr. Rogerio Teruya e Dr. Guilherme Krawczun.

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LENDÁRIO
O Dr. Francisco Gregori Júnior é uma lenda viva da cardiologia brasileira. Participou de 331 eventos científicos, com a apresentação de 147 trabalhos. Tem 20 livros publicados e é o criador do Anel Protético Gregori-Braile – utilizado em todo o mundo na correção da válvula mitral, além de outros dispositivos e de várias técnicas cirúrgicas. O médico participou de mais de 26 mil cirurgias cardíacas até hoje e está em plena atividade.

Dois atos heroicos marcam a carreira deste pioneiro da medicina. Em 1996, uma paciente de pouco mais de 70 anos foi levada às pressas ao Hospital Evangélico de Londrina, com um quadro de Tamponamento Cardíaco, infarto do miocárdio e ruptura da parede lateral do ventrículo esquerdo. No centro cirúrgico, as tentativas de controle do sangramento através de sutura, não surtiram efeitos, mesmo com a aplicação de colas biológicas. O Dr. Gregori então, num ato heroico, para salvar a vida da paciente, aplicou cola sintética-cianoacrilato, a popular Super Bonder, o que estancou o sangramento. A paciente, sobreviveu a cirurgia e faleceu somente em 2011, ou seja, 15 anos após a cirurgia, aos 85 anos de idade.

Em 2008, o Dr. Francisco Gregori passou 51 horas na sala de cirurgia com um paciente, portador de Aneurisma da Aorta Ascendente com Insuficiência da Valva Aórtica e Insuficiênca Coronária Crônica. Foram aplicados no paciente, 468 frascos de sangue e derivados.

Com 36 horas de cirurgia, o controle hemodinâmico do paciente não havia sido estabilizado e o Dr. Gregori e sua equipe resolveram reiniciar a cirurgia, aplicando cola biológica em todas as suturas e refazendo todas as técnicas.

O paciente começou a reagir, o que animou os médicos. Mesmo amparado por uma equipe grande de cirurgiões, o Dr. Gregori não desistiu e participou do procedimento do início ao fim.

“Não pude deixar o centro cirúrgico; fiquei por uma hora olhando aquele coração ótimo e sem sangrar. Foi realmente um momento especial esses 60 minutos finais”, conta. O paciente faleceu tempos depois, vítima de uma pneumonia comunitária.

O Dr. Francisco Gregori também é músico e poeta, com CDs e livros publicados. “Olhando o passado, vejo que fiz muito mais do que sonhei, porém, muito menos do que poderia ter feito. (…) No entanto, acredito ainda, estar no meio do caminho”, disse o médico que está em plena atividade.

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