domingo, 28 abril 2024
UMUARAMA/PR

Acadêmicos do curso de Medicina participam de palestra sobre tuberculose em Umuarama

Acadêmicos do curso de Medicina participam de palestra sobre tuberculose em Umuarama

Ao menos 20 pessoas estão em tratamento contra a tuberculose na cidade – oito delas foram infectadas ainda este ano. E para apresentar dados sobre esta doença infectocontagiosa a acadêmicos do 2° ano do curso de Medicina da Unipar (Universidade Paranaense), o Ambulatório de Infectologia de Umuarama destacou o médico Celso José Gomes, especialista sobre o tema, para palestra especial realizada na última terça-feira (19).

Outro encontro já está agendado para a próxima segunda-feira (25), conforme informa Maria de Lourdes Gianini, coordenadora do Ambulatório de Infectologia da Secretaria Municipal de Saúde. “São 80 acadêmicos e desta forma dividimos em dois dias a palestra com o Dr. Celso Gomes, que contou ainda com a participação da psicóloga Lucinéia Ceolin e da estagiária de psicologia Lorena Ruiz, ambas aqui do Ambulatório”, relata.

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Ela complementa que o convite para a parceria foi feito ao secretário municipal de Saúde, Edson dos Santos Souza, pelo coordenador do curso de Medicina da Unipar, a médica Maria Elena Lima Martins, em atividade para a disciplina de Epidemiologia e Extensão. “A ação faz parte dos eventos oficiais pelo Dia Mundial de Combate à Tuberculose, comemorado em 24 de março. O Ambulatório de Infectologia preparou um cronograma especial para abordar o tema”, explica o secretário.

Dr. Celso começou sua apresentação explicando que a tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas que também pode atingir outros órgãos como ossos, rins e as meninges (membranas que envolvem o cérebro). “Desde 1982 a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece o dia 24 de março como a data que marca os 100 anos do descobrimento do bacilo de Kock, causador da doença que ainda persiste em nossa sociedade”, alerta.

Ele revela que, embora seja uma doença que pode ser prevenida, tratada e mesmo curada, ainda mata quase 5 mil pessoas todos os anos no Brasil. “Um grande problema é que cada paciente com tuberculose pulmonar que não se trata, pode infectar em média 10 a 15 pessoas por ano, ao tossir, espirrar e até ao falar. O principal sintoma é a tosse por mais de duas semanas, mas também pode vir acompanhada de febre no final da tarde, suor noturno, inapetência (falta de apetite) e emagrecimento acentuado”, detalha.

Alguns pacientes, entretanto, não exibem nenhum indício da doença, enquanto outros apresentam sintomas aparentemente simples, que não são percebidos durante alguns meses. Dr. Celso Gomes indica que a doença pode ser confundida com uma gripe, por exemplo, e evoluir durante 3 a 4 meses sem que a pessoa infectada saiba, ao mesmo tempo em que transmite a doença para outras pessoas. “A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele pequenas gotículas que podem ser aspiradas por outro indivíduo”, esclarece o médico, que é responsável pelo programa de combate à tuberculose da Secretaria Municipal de Saúde.

Ela ressalta que com 15 dias após iniciado o tratamento, a pessoa já não transmite mais a doença. “O tratamento deve ser feito por um período mínimo de 6 meses, diariamente, sem nenhuma interrupção e só termina quando o médico confirmar a cura total do paciente”, afirma.

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