O assassino confesso do médico Renan Tortajada, de 35 anos, encontrado enterrado no bosque Uirapuru, no último domingo (21), e de Alexan Carlos de Goes, travesti que segundo ele testemunhou o crime, contou em depoimento como tudo aconteceu e deu detalhes do relacionamento dos dois. O portal Umuarama News teve acesso com exclusividade à gravação completa do depoimento de Guilherme da Costa Alves, de 26 anos.
Segundo Guilherme, o relacionamento dele com o médico já durava 1 ano e 6 meses, e sempre que passava por Umuarama, Renan se encontrava com o autor – que recebia R$ 100,00 pelo programa sexual. Na noite do crime, o médico teria dito à Guilherme que pagaria R$ 200,00.
Era quase 1h da madrugada de sábado (18), quando os dois se encontraram no bosque Uirapuru. Renan havia saído de Toledo, onde trabalhava em uma unidade de saúde, com destino à Maringá, onde morava com a família e durante o trajeto, parou em Umuarama (pratica já conhecida pela família, pois a vítima tinha o costume de abastecer o veículo na cidade). Antes de realizar o programa, Guilherme cobrou o valor combinado, mas o médico disse que pagaria apenas depois e que dessa vez seria R$ 200,00.
Após o termino do programa, de acordo com o depoimento do autor, o médico disse não ter dinheiro e então os dois começaram a discutir, até que entraram em vias de fato. “Eu [sic] di umas pancadas nele, ele bateu a cabeça no meio fio, começou sangrar muito, vi que ele ia morrer de um jeito ou de outro, ai terminei de matar”. Ele relatou que havia usado 5 gramas de cocaína e estava ‘muito louco’, ansiando pelo dinheiro para comprar mais droga.
O assassino usou uma pedra para matar Renan, logo depois amarrou uma camiseta na cabeça da vítima, para evitar mais sangramentos e o arrastou para o outro lado da pista, onde havia terra. Cavou uma cova rasa e enterrou o corpo.
Informações obtidas pela equipe de reportagem do Umuarama News são de que a camiseta usada na vítima, possivelmente pertencia a um andarilho que tinha o costume de dormir no bosque. Um segurança informou que o homem havia deixado um chinelo e uma mochila no local, e quando voltou, encontrou apenas a mochila vazia.
A relação de Guilherme com Renan, apesar de antiga, era apenas para programas sexuais, conforme o depoimento, e a última vez em que se relacionaram antes do crime teria sido há cerca de três semanas atrás. Eles se encontravam no bosque durante o dia para marcar o programa que aconteceria à noite e todos os pagamentos eram feitos em dinheiro. “Todos os encontros aconteciam no bosque”, relatou o autor.
A comunicação entre os dois era feita por mensagens em aplicativo de celular antes de Guilherme ter mandado de prisão expedido, depois que passou a ser foragido, segundo ele, os dois mantinham contato apenas pessoalmente. O assassino contou que não tinha informações da vida de Renan, nem onde morava nem que era médico.
EM BREVE OS DETALHES DA MORTE E DESOVA DO CORPO DE ALEXAN GOES.
CORPO FOI ENCONTRADO NO DOMINGO