segunda-feira, 29 abril 2024
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Justiça do Rio condena ex-presidente da Eletronuclear a 43 anos de prisão

Justiça do Rio condena ex-presidente da Eletronuclear a 43 anos de prisão

Filha do empresário foi condenada a 14 anos de reclusão. Othon foi condenado por crimes durante as obras de Angra 3.

O ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi condenado na noite desta quarta-feira (3), a 43 anos de prisão por crimes cometidos durante as obras da usina nuclear de Angra 3.

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Othon Luiz participou, em 2011, de audiência no Senado para discutir o sistema de energia nuclear do país (Foto: Antonio Cruz / ABr)
Othon Luiz participou, em 2011, de audiência no Senado para discutir o sistema de energia nuclear do país (Foto: Antonio Cruz / ABr)

Réu na ação penal que investiga crimes na construção da central nuclear, o empresário foi condenado pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, por corrupção, lavagem de dinheiro, embaraço a investigações, evasão de divisas e organização criminosa.

Othon foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de cobrar propina em contratos com as empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix. O caso é desdobramento da Operação Lava Jato. Ao todo, são 15 réus na ação.

Filha

A filha de Othon, Ana Cristina da Silva Toniolo, foi condenada a 14 anos e 10 meses de prisão.

Denúncia

A Justiça Federal do Rio aceitou na sexta-feira (29) denúncia do MPF contra 15 pessoas investigadas na Operação Pipryat. Eles foram acusados de envolvimento em uma organização criminosa que comandava fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro em contratos das obras de Angra 3. Foi a primeira denúncia da força-tarefa Lava Jato no Rio de Janeiro.

A investigação sobre fraudes na construção da usina começou no Paraná, na 16ª fase da Lava Jato, mas em 29 de outubro o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o processo contra o ex-presidente da Eletronuclear, sua filha e executivos da Andrade Gutierrez e da Engevix deveria ser remetido à Justiça Federal do Rio – e o MPF do estado passou a investigar o caso.

Após o juiz Marcelo Bretas acolher a denúncia do MPF, viraram réus os cinco ex-dirigentes da Eletronuclear, Luiz Antônio de Amorim Soares, Luiz Manuel Amaral Messias, José Eduardo Brayner Costa Mattos, Edno Negrini e Pérsio José Gomes Jordani, além de ex-executivos das empreiteiras Andrade Gutierrez e da Engevix.

Operação Pripyat

A Polícia Federal (PF) deflagrou no começo de julho a Operação Pripyat, que voltou a prender o ex-presidente da Eletronuclar Othon Luiz e mais nove pessoas, além de levar para depor sob condução coercitiva o então presidente da estatal, Pedro Figueiredo Diniz, que foi afastado do cargo.

Pripyat é uma referência a uma cidade perto da usina de Chernobyl, na Ucrânia, que fazia parte da então União Soviética.

A Pripyat foi um desdobramento da 16ª fase da Lava Jato, chamada Radioatividade, que em julho de 2015 prendeu Othon Luiz pela primeira vez.

Fonte: G1

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