segunda-feira, 29 abril 2024
UMUARAMA/PR

Adolescente era mantida acorrentada; Polícia Civil investiga possível crime de tortura e maus-tratos

Adolescente era mantida acorrentada; Polícia Civil investiga possível crime de tortura e maus-tratos

No depoimento a mãe contou que não mantinha a filha em cárcere privado, mas assumiu que a acorrentava devido a desobediência da garota, que saia para namorar e estaria até usando drogas.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar os fatos de um suposto caso de maus-tratos, segunda-feira (29), em uma adolescente de 17 anos, que estaria sendo mantida acorrentada por seus pais em uma casa no Jardim Natal Marrafon, em Pirapozinho (SP).

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De acordo com depoimentos publicados pelo policial civil Andrews Bratifisch, a adolescente estaria dormindo todas as noites acorrentada desde 27 de janeiro, e teria passado o último final de semana acorrentada à cama o tempo todo. A motivação dos maus-tratos seria o relacionamento da menina com um rapaz, que segundo a família seria usuário de drogas.

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Divulgação redes sociais

O delegado Rafael Galvão, responsável pelo caso, informou que a polícia chegou até a casa da família depois de receber postagens pedindo socorro, feitas pela menina nas redes sociais.

Quando a polícia chegou até o local, a jovem estava solta e todos foram encaminhados para delegacia. A mãe, de 41 anos, e o pai, de 45, foram ouvidos e liberados. Uma corrente usada para prender a adolescente foi apreendida.

No depoimento a mãe contou que não mantinha a filha em cárcere privado, mas assumiu que a acorrentava devido a desobediência da garota, que saia para namorar e estaria até usando drogas. A menina tem mais irmãos, e segundo ela, e de acordo com o depoimento dos próprios pais, a relação com eles é normal.

O delegado explicou que não houve prisão em flagrante devido as “versões conflitantes, e que cada uma das partes possui testemunhas. Em situações como essa é muito temerário decretarmos prisões em flagrante de certas pessoas. A gente precisa de acompanhamento psicológico de ambas as partes através do Creas, relatórios do conselho tutelar, e assim investigar um eventual crime de maus-tratos, tortura ou total atipicidade da conduta”.

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Além da instauração do inquérito, o caso foi informado ao Ministério Público, ao Conselho Tutelar, ao Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) e ao Centro de Referência da Assistência Social (Cras). A adolescente foi encaminhada para o abrigo Minha Casa de Pirapozinho.

O prazo para conclusão do inquérito policial é de 30 dias.

https://youtu.be/GQm_JlQ5kWo

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